sábado, 29 de setembro de 2012

Jornadas Europeias do Património

Tiveram início ontem, 28 de setembro, e prolongam-se até 11 de novembro.
Um pouco por todo o país, as localidades e instituições promovem o património de Portugal, à semelhança do que se passa nos restantes países da Europa.
Em S. Vicente da Beira, as Jornadas terão lugar no dia de encerramento, 11 de novembro, dia de São Martinho.
Centrar-nos-emos em três aspetos do nosso património: a música, as personalidades vicentinas que maior marca deixaram em Portugal e no Mundo e a tradição do magusto.
A organização é da Junta de Freguesia e da Escola, novos sócios das Aldeias Históricas de Portugal (AHP), uma das entidades que promove as Jornadas, no nosso país.


Entrada de uma casa em ruínas, no alto da rua Manuel Lopes.
O lintel foi deslocado para a esquerda, a fim de reforçar a quina da casa. Lintel e ombreiras têm a aresta chanfrada, caraterística do século XVI. Esta porta resulta de um reaproveitamento das pedras.
A cerca de 40-50 centímetros da soleira, as ombreiras foram desbastadas, para permitir a entrada de pipos ou dornas mais largos que a porta.
(Clicar na imagem para ver melhor)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Bicharada da Gardunha



 Os javalis são uns brutos. Nem mesmo as amêndoas com casca passaram despercebidas. E não contentes, esgalharam a amendoeira toda.

Os pássaros levam os bagos das uvas, um de cada vez. Mas estes estavam todos babados. Houve aqui um texugo que se lambuzou bem! É preto e branco, segundo uns lisboetas que já o viram.


 Não podemos acusar os esquilos de preguiça e falta de habilidade. Pinhões, nozes, qualquer dia castanhas, nada lhes escapa.

 Esta raposa andou no figuinho. Sacana!

Os bicos da passarada são afiados como facas.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

5.º CENTENÁRIO DO FORAL MANUELINO DE S. VICENTE DA BEIRA

(Inicio hoje a divulgação dos 4 artigos que publiquei no jornal Reconquista de Castelo Branco, uma vez que a maioria dos leitores Dos Enxidros vivem fora desta região e não tiveram acesso a eles. Algum do seu conteúdo já aqui foi referido, mas outras informações e conclusões são completamente originais)

As gentes do concelho à época do foral

No próximo mês de novembro, completam-se quinhentos anos da publicação do foral manuelino do antigo concelho de São Vicente da Beira.

O extinto concelho nascera em 1195, por concessão da família real, do Convento de São Jorge de Coimbra e da Albergaria de Poiares. Este território e as gentes que nele viviam ganharam então autonomia face à Covilhã que os havia administrado nos primeiros anos da nacionalidade. Os seus limites ficaram definidos pelos cumes da serra da Gardunha e pelos cursos das ribeiras da Ocreza e de Almaceda/Tripeiro.

O “Numeramento de 1496”, uma contagem da população realizada poucos anos antes da publicação do foral manuelino, permite-nos conhecer com algum rigor a população do concelho, nesta época.

O concelho tinha, então, 337 vizinhos (agregados familiares), o que corresponde a uma população de pouco mais de 1000 pessoas, dispersas por aldeias e casais. As principais povoações eram então, além da sede de concelho, a Póvoa de Rio de Moinhos que, desde o século XIII, formava um concelho à parte, em certos domínios, e que, no plano religioso, também se autonomizara da Igreja de São Vicente, formando uma paróquia. Seguiu-se-lhe Tinalhas, já paróquia autónoma, antes de 1539, e Louriçal do Campo, em meados do século. As restantes freguesias foram fundadas durante a União Ibérica.

Viviam, no concelho, um fidalgo chamado Diogo da Cunha e 4 escudeiros: Pedro Vasques, Rui Fernandes, Lopo de Azevedo e Pero Camelo (os dois últimos criados do rei e do infante).

Havia ainda 9 oficiais: 3 tabeliães, sendo um também escrivão das sesmarias (distribuição de terrenos incultos por cultivadores sem terra) e outro coudel (capitão de cavalos); 1 escrivão da coudelaria (criação de cavalos); 1 escrivão da câmara e almotaçaria (abastecimento do concelho, fixação de preços e inspeção de pesos e medidas); 2 juízes dos órfãos; 1 juiz das sisas; 1 escrivão das sisas.

Estas eram as pessoas mais importantes do concelho, constituindo, no conjunto da Beira Interior, uma das maiores percentagens de privilegiados, em relação ao resto da população: 4%. Castelo Branco tinha 1% e a Covilhã 1,6%. Belmonte ultrapassava-nos com 4,1% e Salvaterra do Extremo com 4,4%.

Existia, em São Vicente, uma importante comunidade de judeus que já dispunham de autonomia, pois formavam uma comuna juntamente com os judeus de Castelo Branco. Esta autonomia custava-lhes 23 000 réis, pagos ao rei, anualmente. Alguns judeus já aqui viveriam anteriormente, mas a maioria seria originária de Espanha, de onde haviam sido expulsos em 1492.

A obra “A BEIRA BAIXA NA EXPANSÃO ULTRAMARINA”, de Joaquim Candeias Silva e Manuel da Silva Castelo Branco, dá-nos a conhecer alguns habitantes do concelho que participaram na expansão portuguesa dos séculos XV e XVI.

Lopo Martins lutou em importantes expedições militares, na primeira metade do século XV: Ceuta, 1415; Canárias, 1424…

Duarte de Azevedo era natural da Terra da Feira e passou a viver na vila de São Vicente, onde casou com D. Joana, “senhora de grande qualidade”. Serviu na Índia e no Norte de África, na 1.ª metade do séc. XVI.

D. Álvaro da Costa era filho de Martim Rodrigues de Lemos e Isabel Gonçalves da Costa, herdeira da fazenda vinculada do Ninho do Açor. Tornou-se escudeiro-fidalgo da Casa Real. Depois foi guarda-roupa e camareiro-mor de D. Manuel e armeiro-mor do Reino. Foi embaixador do rei a Espanha e a Roma. Teve a comenda de S. Vicente da Beira da Ordem de Cristo, foi vedor da Casa da rainha D. Leonor e primeiro provedor da Misericórdia de Lisboa.

O Pe. Leonardo Nunes nasceu em S. Vicente da Beira, possivelmente em 1518. Entrou no colégio da Companhia de Jesus, em Coimbra, no ano de 1548, e depois partiu para o Brasil, na armada de Tomé de Sousa, integrado num pequeno grupo de missionários chefiados pelo Pe. Manuel da Nóbrega. Criou uma escola para crianças índias e portuguesas, o chamado Colégio dos Meninos de Jesus, inaugurado em 1553, sendo, por isso, considerado fundador da instrução no Estado de S. Paulo.

Sebastião Falcão partiu para a Índia, em 1533, incorporado na armada capitaneada por D. Pedro de Castelo Branco.

O Irmão Domingos Vaz entrou para a Companhia de Jesus, em 1588, com 29 anos. Nos finais de 1594, achava-se no Colégio de Cochim (Índia), sendo então coadjutor.

Simão de Sousa de Refóios foi o primogénito de Jácome de Sousa de Refóios, 9.º senhor do morgado de Santa Eulália, que viveu nas suas casas nobres de S. Vicente da Beira, com a mulher e prima Maria de Refóios. Ele era descendente de Rui Vasques de Castelo Branco que no séc. XIV herdara do tio Martim Esteves o dito morgado e ela, além de pertencer à mesma linhagem, descendia dos Costa de Alpedrinha, com solar no Ninho do Açor, desde o século XV. Simão de Sousa de Refóios acompanhou D. Sebastião a África e partilhou a sua sorte, na batalha de Alcácer-Quibir (1578). Morreu sem geração, pelo que o morgado passou à irmã D. Leonor de Sousa. Esta casou com Nuno da Cunha e deles foi 2.º neto João Nunes da Cunha que chegou a vice-rei da Índia e a quem D. Afonso VI concedeu o título de 1.º conde de São Vicente.

Púlpito manuelino na Igreja Matriz de Tinalhas.
(Foto de Carlos Matos)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O nosso falar: esgaseado

Andar esgaseado é ter atitudes que revelam perturbações mentais, loucura.
O termo correto é gaseado, mas já se sabe como é o nosso povo, aldraba tudo.
A palavra terá chegado a Portugal após a Grande Guerra (1.ª Guerra Mundial). Nesta foi usada uma nova arma química, o gás mostarda, que matou milhares de soldados nas trincheiras da fronteira franco-belga, por não existirem máscaras adequadas à sua proteção.
Além de profundas queimaduras na pele e nas mucosas (boca e nariz), o gás destruía tanbém os pulmões, onde chegava pela respiração. Morria-se em pouco minutos.
Os que sobreviveram, regressaram aparentemente saudáveis às suas terras, mas desenvolveram efeitos secundários: doenças cancerígenas e neurológicas.
Os cancros chegaram silenciosos e levaram os antigos combatentes, sem que alguém percebesse a causa.
Já as perturbações mentais de alguns deles davam mais nas vistas, andavam esgaseados. Terá sido o caso do senhor referido na publicação anterior, segundo o comentário aí publicado.
E quem não se lembra do Ti Luís Bonzaga (Eu sou o 21 do 21...). Há muitos anos, alguém me contou que foi o único vicentino a não receber qualquer subsídio da sua participação na guerra, embora fosse dos mais pobres e o que veio mais doente. Não teve quem pedisse por ele.
São Vicente da Beira teve muito soldados na Grande Guerra, quer na Flandres (regiões fronteiriças entre a França e a Bélgica), que em Angola e Moçambique. O mesmo terá acontecido com as restantes povoações da freguesia. Felizmente, não estavam no vale da ribeira de La Lys (Bélgica), onde os batalhões portugueses foram dizimados, qual segundo Alcácer Quibir. Os nossos regressaram todos (ou quase, não investiguei o assunto).
Uma antiga aluna trouxe-me esta foto, de um batalhão de Castelo Branco de partida para a Flandres. Ia lá o seu avô (de C. Branco) e talvez também alguns vicentinos (falta identificá-los).


Batalhão de Castelo Branco,
em deslocação da estação ferroviária de Santa Apolónia para o cais marítimo de Alcântara, local de embarque para a França.
(clicar na imagem para ver melhor)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Coisas do diabo

O Verão começara quente, um ar de moléstia. Eu andava com um catarral dos diabos, não sei onde é que o meu corpo tão pequeno ia buscar tanto escarro. “Deita essa porcaria fora, que te faz bem!”, encorajava-me a senhora gorda e de preto, a cada ataque de tosse que me assaltava. Ela visitara-nos nessa tarde, a pretexto de umas roupas velhas para a minha mãe aproveitar ou fazer fitas.

Estávamos na sala, com a porta da rua aberta, ela sentada numa cadeira e a minha mãe noutra, as duas a conversar, enquanto a minha mãe aproveitava para cortar panos velhos em fitas e cosê-las umas às outras. Depois enrolava-as em novelos, para, no inverno, tecer as mantas, no tear que tínhamos na loja, logo à entrada, por causa da luz.

Eu e as minhas irmãs andávamos por ali, entre a sala e o balcão, o balcão e a sala, à espera que abrandasse o calor para podermos descer as escadas e ir brincar debaixo da latada ou até para a quelha. Éramos como as moscas que volteavam pelo ar, sobre as nossas cabeças, na esperança de uma refeição que não terminasse numa palmada e respetiva esgorrachadela.

A certa altura parámos, pois a conversa das mulheres tornou-se interessante. O diabo agarrara-se ao marido da senhora e não o largava, às vezes até se via a sombra dele quase colada à sombra do marido! O homem dela andava desnorteado, a falar sozinho, completamente perdido.

Mais pela fresca, a senhora gorda, vestida de negro, foi-se embora para casa, muito ralada com o marido, e nós fizemos perguntas à minha mãe a tentar perceber melhor uma coisa que não tinha compreensão.

No dia seguinte, a minha mãe não estava em casa, quando eu acordei. Fora a uma horta longe e demorava. Mas eu não encontrava as calças. As minhas irmãs vieram contar-me que havia muita gente a passar na quelha, porque um homem se tinha enforcado nos pinheiros. E eu à rasca, de pindrico à espreita por debaixo da blusita.

Estiquei mais a blusa, inclinei-me um pouco para a frente e consegui acompanhá-las à quelha, onde o rio de gente não parava de subir. Alguns chegavam às traseiras da nossa casa e atalhavam logo pelo meio do leirão do Pe. Tomás, por baixo da figueira branca, sem se darem ao trabalho de ir à volta.

Apetecia-me segui-los, mas se tapava o pindrico mostrava as nalgas e se as escondia ele espreitava logo. Um desespero. Tanta coisa nova a acontecer, gente e mais gente numa quelha onde passavam tão poucas pessoas e eu sem calças... Voltei a casa, vasculhei os cantos todos, mas não tive sorte. As minhas irmãs, mesmo as mais velhas, também não encontravam solução para o meu problema.

Aquilo ainda demorou bastante, por causa da ida do médico, mas a minha mãe chegou tarde demais. Os homens e as mulheres já voltavam, a contar que o homem fizera um montinho de pedras e se pendurara no galho de um pinheiro.

Anos mais tarde, indicaram-me onde tinha sido. Uma vez fui lá ao mato com o meu primo, mas não achámos o toco do pinheiro que tinha sido cortado, segundo diziam. Nós não o encontrámos e havia por lá muitos pinheiros com galhos jeitosos onde se pendurar uma pessoa. E, naquele escuro de sombras, não andaria ainda por lá o diabo que atentara o homem da senhora de preto? Cavámos dali para fora e fomos cortar o mato para outro sítio!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Outro tempo


Cangalhas para transporte de cântaros de água. Agora apodrecem no tronco de uma figueira da fazenda da Senhora da Orada, mas eram colocadas nos burros e nos machos e mulas.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

As nossas gentes, em 1779


Violeiro

Esta contagem da população foi realizada em 1779, no reinado de D. Maria I.
Apenas se referiu o cabeça do agregado familiar. Assim, havia 16 famílias no Violeiro.
O - significa que não foi dada qualquer informação, quase sempre por não haver nada para responder.
Nos anos anteriores a 1779, vivera uma família abastada no Violeiro: o Sargento-Mor Domingos Nunes Pousão e a sua esposa Brites Maria Cabral de Pina, natural de Fornos de Algodres. Uma filha deles casou em Tinalhas, dando origem à família dos Viscondes de Tinalhas, e os restantes filhos fixaram-se na vila.
Neste ano de 1779, as suas fazendas no Violeiro eram administradas pelo feitor Joze Alvres. Andariam aforadas ou aprazadas, daí haver tantas famílias com fazendas de prazo (à renda).
Naquela época, as pessoas morriam muito cedo, por isso não é de admirar que houvesse duas viúvas com 4 filhos e um viúvo com 5 filhos, certamente quase todos menores.

N.º de ordem. Nome, Estado civil, Filhos, Profissão/Rendimento

1, Maria Antunes, Viúva, 4, Fazenda e seara

2, Joze Alvres, Casado, 8, Trabalho

3, Urbano, Solteiro, - , Trabalho e fazenda

4, Maria Pires, Viúva, 4, Fazenda de prazo

5, Miguel Gonçalves, Casado, 1, Fazenda foreira

6, Antonio Antunes, Casado, 4, Fazenda

7, Manoel Martins Menistro, Viúvo, 5, Fazenda

8, Domingos Gonçalves, Casado, - , Trabalho e fazenda de prazo

9, Joze Fernandes Ratto, Casado, 3, Trabalho

10, Manoel Fernandes Sapateiro, Casado, 2, Jornaleiro e fazenda de prazo

11, Manoel Pires, Casado, 5, Trabalho e fazenda de prazo

12, Joze Pires, Casado, 2, Trabalho e fazenda de prazo

13, Manoel Gonçalves S.(?) Caetano, - , 3, Fazenda e seara

14, Isabel Rodrigues, Viúva, 1, Fazenda de prazo

15, Manoel Pereira, Casado, 1, Trabalho

16, Domingos Pires, Solteiro, - , Trabalho

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

As nossas gentes, em 1779

Vale de Figueiras

Esta contagem da população foi realizada em 1779, no reinado de D. Maria I.
Apenas se referiu o cabeça do agregado familiar. Assim, havia 4 famílias no Vale de Figueiras.
O - significa que não foi dada qualquer informação, quase sempre por não haver nada para responder.
Neste século XVIII, as povoações do nosso antigo concelho dividiam-se em vila, terras (sedes de freguesia), montes e casais. O Vale de Figueiras era um casal, em quase tudo administrado pelos juizes pedâneos da Partida.
O Vale de Figueiras era propriedade do Padre António Teodósio de Alpedrinha.
O número de filhos por família, neste ano de 1779, revela já a tendência de crescimento demográfico que se acentuará nos séculos seguintes fazendo desta povoação o que é hoje.
Eu descendo do cardador Manoel da Costa, pois o meu antepassado Teodoro Matias dos Santos casou, no dia 31 de Agosto de 1864, com Bárbara Leitão, filha de José da Costa do Vale de Figueiras e Antónia Bárbara do Casal da Fraga.

N.º de ordem, Nome, Estado civil, Filhos, Profissão/Rendimento

1, Antonio Fernandes, Casado, 6, Trabalho

2, Antonia Roiz, Viúva, 2, Trabalho

3, Maria Leitoa, Viúva, 7, Trabalho

4, Manoel da Costa, Casado, 3, Cardador

terça-feira, 4 de setembro de 2012

As nossas gentes, em 1779

Tripeiro

Esta contagem da população foi realizada em 1779, no reinado de D. Maria I.
Apenas se referiu o cabeça do agregado familiar. Assim, havia 16 famílias no Tripeiro.
O - significa que não foi dada qualquer informação, quase sempre por não haver nada para responder.
Não foram indicados filhos para a viúva Maria Fernandes, mas isso não significa que os não tivesse, mas apenas que não vivam com ela.
O Tripeiro tinha grande ligação ao Sobral do Campo. A proximidade geográfica levava à partilha de terras e à proximidade familiar.
Tal como os Pereiros, o Tripeiro era terra livre de senhores (há poucas fazendas foreiras/arrendadas)-

N.º de ordem, Nome, Estado civil, Filhos, Profissão/Rendimento

1, Pedro Fernandes Marcelino, Casado, - , Gado e fazenda foreira

2, Joanna Pires, Viúva, 1, Trabalho e fazenda

3, Manoel Fernandes Baranda, Viúvo, 1, Fazenda

4, Joze Fernandes, Casado, - , Trabalho

5, Manoel Gonçalves Amaro, Casado, - , Fazendas

6, Joze Matheus, Casado, 3, Fazendas

7, Joam Baranda, Casado, 2, Fazenda foreira

8, Joam Lourenço, Casado, 2, Trabalho e fazenda foreira

9, Salvador Gonçalves, Casado, 4, Gado e fazenda

10, Manoel Affonso, Casado, 5, Fazendas

11, Manoel Roque, Casado, 2, Fazendas

12, Joam Ramalhozo, Casado, 1, Fazenda foreira

13, Manoel Rudrigues, Casado, 6, Alfaiate

14, Manoel Lourenço, Casado, 2, Fazendas

15, Maria Fernandes, Viúva, - , Fazendas e gado

16, Faustino Lourenço, Casado, 1, Fazenda foreira

sábado, 1 de setembro de 2012

As nossas gentes, em 1779

Pereiros

Esta contagem da população foi realizada em 1779, no reinado de D. Maria I.
Apenas se referiu o cabeça do agregado familiar. Assim, havia 17 famílias nos Pereiros.
O - significa que não foi dada qualquer informação, quase sempre por não haver nada para responder.
Ao contrário dos montes (era este o termo usado na época) da parte norte da charneca, os Pereiros eram uma povoação livre de senhores, por isso não há foreiros, cada um era dono das terras que cultivava.
Antonio Fernandes o velho da Partida tinha aqui a sua maior propriedade.
O pedreiro Joze Martins era filho do pedreiro da Partida também chamado Joze Martins.

N.º de ordem, Nome, Estado civil, Filhos, Profissão/Rendimento

1, Manoel Figueira, Casado, - , Fazenda

2, Anacleto Antunes, Casado, - , Fazenda e trabalho

3, Antonio Leitam, Casado, - , Fazenda e trabalho

4, Manuel Gonçalves, Casado, 4, Trabalho

5, Joze Alvres, Casado, 2, Alfaiate e fazenda

6, Joam Antunes, Casado, 2, Fazenda

7, Maria Antunes, Viúva, 4, Trabalho

8, Manuel das Neves, Casado, - , Jornaleiro e fazenda

9, Maria Martins, Viúva, - , Fazenda

10, Joze Martins, Casado, - , Pedreiro

11, Eleuterio Freire, Casado, 3, Trabalho e fazenda

12, Antonio Roiz, Casado, 4, Fazenda

13, Anna Martins, Viúva, 1, Fazenda

14, Marceliano Martins, Casado, 4, Fazenda

15, Manoel Rodrigues, Casado, 2, Fazenda

16, Manoel Antunes, Casado, - , Trabalho e fazenda

17, Joam Antunes o mosso, Casado, - , Fazenda